terça-feira, 3 de março de 2009

Unidades Spetsnaz - Rússia

Parte das forças especiais do GRU(inteligência militar russa), a Spetsnaz também é conhecida como tropa de dissuasão. Suas tarefas incluem ataques a bases nucleares e a centros de comando inimigos, ataques gerais a alvos civis e militares como fontes de energia e centros de telecomunicações. Seu efetivo gira em torno 30.000 homens, estando entre os maiores grupos de forças especiais do mundo, servindo tanto ao Exército quanto à Marinha. Uma companhia Spetsnaz conta com nove oficiais, onze suboficiais e 95 soldados. As brigadas possuem grupos de mini-submarinos, batalhões de mergulhadores de combate, um batalhão de pára-quedistas e uma companhia anti-VIP treinada para descobrir, identificar e eliminar líderes políticos e militares do inimigo.
Todos seus membros são voluntários e uma vez selecionados são submetidos a um curso intensivo e os que tiverem melhor desempenho passam por um treinamento mais rigoroso para se tornarem sargentos. Os recrutas devem ter condicionamento físico perfeito, a nível de atletas olímpicos, para poderem suportar o treino intenso, exigindo um esforço máximo para reproduzir situações reais.

O armamento utilizado é composto de fuzil AKS-74, de 5,45 mm, uma pistola PRI com silenciador, faca de combate e seis granadas de mão. Cada unidade porta um lançador SA-7, minas, explosivos e lançador de granadas de iluminação. O uniforme de combate é o mesmo das tropas de assalto aéreo e das forças aerotransportadas. Uma ação típica envolve o lançamento de tropas táticas de pára-quedas, de 500 a 1000 km dentro do território inimigo, em uma operação maciça e coordenada, sendo alvos prioritários bases de mísseis de longo alcance, lançadores móveis de mísseis, aeroportos e bases aéreas.
Unidades Anti-vip
As unidades anti-VIP das Spetsnaz eram uma elite dentro da elite e realmente existiram durante a Guerra Fria. Eram altamente secretas, compostas por soldados profissionais de primeira categoria, normalmente fluentes em pelo menos uma língua Ocidental, especialmente o inglês, francês ou alemão. Eram compostas em geral de setenta a oitenta elementos (homens e mulheres), usavam roupas civis, deixavam o cabelo crescer ou usavam barba e ficavam isoladas das unidades regulares do Spetsnaz.

Eram treinados para serem assassinos frios pois o objetivo de suas missões era a eliminação de líderes militares e políticos do inimigo. Eram muitas vezes chamados de "degoladores". Para ocultar a sua existência, essas unidades eram estacadas de suas brigadas originais e transformadas em 'equipes de atletismo". Elas formavam grupos de boxe, luta romana, karatê, tiro ao alvo, atletismo e pára-quedismo.

Todos os seus integrantes pertenciam ao Clube Esportivo Central do Exército (ZSKA). Os "desportistas" da KGB pertenciam ao Clube Esportivo Dínamo, seu rival. Como "simples" atletas eles eram bem-vindos as cidades do Ocidente, para onde viajavam, podendo aperfeiçoar seu domínio da língua local, conhecer a cultura do povo, aprender a se deslocar, marcando rotas de aproximação e fuga, ou prováveis esconderijos. As unidades anti-VIP estavam sempre em contato com as unidades de inteligência do Spetsnaz e tinham permissão de travar contato com a rede de agentes soviéticos espalhados por toda Europa Ocidental.

As unidades Spetsnaz eram um dos segredos mais bem guardados do antigo Pacto de Varsóvia e não está bem claro quando elas foram criadas pela União Soviética. Alguns acreditam que elas já existiam no início dos anos 50, como resultado das experiências militares russas durante a IIGM com forças especiais controladas pelo NKVD "Comissariado do Povo para Assuntos Internos". (precursor da KGB), tendo passado pela Hungria em 1956 e certamente pela Tchecoslováquia em 1968. Apesar disto o Ocidente só veio a tomar conhecimento delas no começo da década de 80 no Afeganistão.

O segredo de sua existência era tão bem guardado que foi proibido as homens que faziam parte dessas unidades admitir em púbico que faziam parte das mesmas ou que elas existiam.

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